O objetivo deste estudo foi avaliar os resultados da radioterapia estereotáxica corporal (SBRT) em metástases ósseas não espinhais, como a incidência de fraturas (FR), as taxas de falha local (FL) e sobrevida, bem como a sua relação com os parâmetros clínicos e do tratamento.
Na presente análise, foram incluídos um total de 805 pacientes (1048 lesões), oriundos de 7 estudos, com seguimento mediano de 7.6 a 26.5 meses. Os locais mais comumente tratados foram pelve (39,2%), costelas (25,8%), fêmur (16,7%) e região do úmero/ombro (8,7%). Em 1 ano, a taxa de falha local foi de 7% e a incidência de fraturas foi de 5,3%. A incidência cumulativa de falha local (FL) em 2 anos foi de 12,1%. As taxas de sobrevida global (SG) e sobrevida livre de progressão (SLP) em 1 ano foram de 82% e 33,5%, respectivamente. A análise de meta-regressão revelou uma relação significativa entre o volume alvo do planejamento (PTV) e a taxa de fratura (p<0,05). As costelas, com 2,5%, seguidas do fêmur, com 1,9%, foram os locais de fratura mais comuns. A ocorrência de exacerbação de dor, fadiga e dermatite foi de 7%, 5,4% e 0,65%, respectivamente.
Conclusão:
Neste estudo, a radioterapia corporal estereotáxica (SBRT) demonstrou ser segura e eficaz para metástases ósseas não espinhais e, embora complicações graves (grau 3) sejam raras, foi relatado um caso de complicação de grau 5. A análise cuidadosa do volume alvo é crucial devido à sua ligação com um maior risco de fratura.
Fabio Ynoe Moraes, PhD, MD.
Department of Oncology – Division of Radiation Oncology, Kingston General Hospital, Queen’s University, Kingston, ON, Canada.