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Ensaio randomizado TARGIT-A: TARGIT-IORT versus Radioterapia de Mama Inteira: Controle local e sobrevivência a longo prazo

O artigo nos fornece uma avaliação de longo prazo do estudo TARGIT-A: TARGIT IORT versus Radioterapia de Mama InteirA.

Essa publicação nos traz resultados mostrando que não houve diferença entre os grupos quanto a sobrevida livre de recidiva local, sobrevida livre de mastectomia, sobrevida livre de metástase e mortalidade por câncer de mama, independente do subtipo e de EBRT suplementar. Em análise de subgrupo os pacientes neoplasia grau I e II (1797 – maioria no estudo) obtiveram melhor sobrevida global para o braço de IORT.

Porém, faz uma revisão dos dados e nos apresenta a um erro metodológico importante no estudo publicado por Ward et al (publicado na IJROBP em agosto desse ano) que avaliou sobrevida livre de recidiva local.

No estudo Ward et al. consideram apenas os pacientes vivos após recorrência local e não contabiliza o fato de que alguns pacientes com recorrência local acabaram por falecer.

Para ficar mais claro, o resultado do estudo mostra 1,7% dos indivíduos com falha local o que implica que 98,3% estariam livres de falha, entretanto apenas 86% dos pacientes estavam vivos em 10 anos, mostrando que o dado de falha local é infundado e impreciso.

Portanto, o artigo conclui que óbitos durante o acompanhamento não podem ser ignorados ao estimar recorrência local, caso contrário os resultados não representam mais o que realmente acontece com o paciente estudado. Informações completas e precisas são essenciais para que paciente e médicos decidam que tipo de tratamento será mais adequado.

Por fim, o artigo nos traz os dados reais sobre recorrência local mostrando que não há diferença entraEos braços (p = 0,51): IORT: 84,5% x EBRT: 85,5%


Dr. Ihann Costa
@ihann_costa
Radio-oncologista da Delfin Radioterapia – Salvador – BA
Radio-oncologista da Prevent Senior – São Paulo – SP

 

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RT 2030