Em relação aos casos operáveis, análise prévia do STARS trial mostra maior sobrevida global (SG) após SBRT em comparação à cirurgia. No entanto, esse estudo apresenta limitações relacionadas ao tamanho da amostra e encerramento precoce do recrutamento.
O grupo do MD Anderson publicou um estudo em que foram recrutados pacientes novos para SBRT, nos moldes do STARS, para estudo prospectivo (braço único) com comparação pré-especificada à cirurgia. Foram envolvidos 80 pacientes com tumores de até 3,0 cm, N0, M0. A dose foi de 54 Gy em 3 frações para lesões periféricas ou 50 Gy em 4 frações para tumores centrais. A SG foi de 91% a 3 anos e 87% a 5 anos. SBRT foi bem tolerada, sem toxicidade grau 4-5. Nenhum efeito adverso grave foi relatado.
A SG no grupo cirúrgico foi de 91 % em 3 anos e 84% em 5 anos. Conclui-se que a SBRT não é inferior à cirurgia e deve ser mantida como opção promissora no CNPCP IA sendo fortemente recomendada nesse grupo de pacientes.
O artigo completo pode ser consultado no link: https://www.thelancet.com/journals/lanonc/article/PIIS1470-2045(21)00401-0/fulltext
Dra. Lucianne Maia Costa
Coordenadora do serviço de Radioterapia da Santa Casa de Montes Claros e Clínica Radialis
