Em artigo pré aprovado em abril de 2021 e a ser publicado pela Revista Vermelha(IJROBP), foram avaliados nos dados em uma coorte de 2007 a 2012 o risco de segunda neoplasia mamária em pacientes idosas (acima de 66 anos), com EC= I , com cirurgia conservadora e receptor de estrogênio positivo.
O dados foram avaliados de 13.221 mulheres provenientes do SEER-Medicare e acompanhadas por pelo menos 2 anos, com seguimento médio de 43 meses(3anos e 7 meses). Foram avaliadas em 4 grupos distintos: RT+ terapia endócrina(TE) 5,790 (43.5%) , TE exclusiva 875 (6.6%) , RT exclusiva5,506 (41.3%) e nenhum tratamento adjuvante(NT) 1,150 (8.6%). Destes grupos, a taxa de recorrência conforme cada grupo foram assim distribuídos: 2,2% das que fizeram TE+ RT, 3% do grupo RT, 3,2% do grupo TE e 7% do grupo sem terapia adjuvante. A taxa de óbito para qualquer causa foi 4,7% (RT+TE), 6,2% (RT), 10,9% (TE) e 12,4% (NT). As fraquezas apontadas pelos autores foram relativas ao desfecho primário amplo de recidiva em qualquer localização, a aderência reduzida a TE isolada (que pode afetar o resultado final), o pequeno número de pacientes nos grupos TE e NT e a falta de dados relativos ao HER2 nas pacientes prévias a 2010. Na avaliação do autor, esta coorte possui a maior base de dados para este subgrupo e conclui que a RT isolada demonstrou não inferioridade ao grupo RT+ET e um risco maior de recidiva nos grupos TE e NT na análise multivariada; porém estudos adicionais sobre a omissão da terapia endócrina nesta população de pacientes serão necessários.
O Artigo está disponível através do link :
https://doi.org/10.1016/j.ijrobp.2021.04.030
Dr. Everton Schenato
Radio Oncologista/ Radioterapêuta
Hospital CEONC – Cascavel/PR