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Irradiação eletiva da mamária interna em câncer de mama


Estudo que foi recentemente publicado tentou identificar se pacientes com câncer de mama e linfonodo axilar positivo possuem benefício de irradiação eletiva da cadeia mamária interna.

735 pacientes submetidas à cirurgia da mama e esvaziamento axilar foram incluídas e randomizadas para receberem radioterapia de mama e drenagens com ou sem irradiação da cadeia mamária interna. As pacientes foram tratadas com dose de 45 a 50.4Gy com fracionamento convencional, seguidas ou não de boost.

Após 7 anos de seguimento, não houve diferença em sobrevida livre de doença (p=0,22), mortalidade por câncer de mama (p=0.19), sobrevida livre de metástase à distância (p=0,25) ou sobrevida global (p=0,50).

Entretanto, na análise de subgrupo, pacientes com tumores centrais ou mediais que receberam irradiação eletiva da cadeia mamária interna apresentaram melhores desfechos em sobrevida livre de doença (81,6% x 91,8%, p = 0,008), sobrevida livre de metástase à distância (10,2% x 4,9% P = .04) e mortalidade por câncer de mama (82,3% x 91,8% P = 0,01).

Apesar de ser um estudo negativo, devemos levar em consideração a irradiação eletiva da mamária interna especialmente em tumores de localização medial ou central.

Artigo disponível na revista JAMA Oncology, publicado em 25 de outubro de 2021.  DOI:10.1001/jamaoncol.2021.6036.

Dra. Márjorie Monteiro Rodrigues
Médica Radio – Oncologista
Centro Oncológico AZ do Noroeste
Patos de Minas –MG

ECR

RT 2030