Recentemente, uma equipe brasileira publicou, na revista Plos One, um consenso com recomendações para prevenção de estenose vaginal após a realização de radioterapia na região pélvica.
Após a conclusão do tratamento, podem surgir alguns efeitos indesejáveis, por exemplo, desconforto sexual e dificuldade no exame de fundo vaginal. A publicação tem como principal objetivo auxiliar a equipe multiprofissional a implementar orientações visando evitar essas e outras complicações comuns após o tratamento de tumores ginecológicos.
As recomendações foram baseadas no consenso holandês de 2014 e validadas por uma equipe brasileira de especialistas, incluindo enfermeiros, fisioterapeutas, ginecologistas, cirurgiões oncológicos e radio-oncologistas. O documento consiste em 38 afirmações, as quais foram analisadas e debatidas pelos mesmos sendo, no final, 29 confirmadas, 7 reformuladas e 2 rejeitadas.
Os especialistas concordam que é responsabilidade do radio-oncologista e de sua equipe de enfermagem, serem os primeiros profissionais a abordar a questão junto à paciente. As mulheres devem ser informadas sobre a importância da dilatação vaginal, independentemente de serem sexualmente ativas. Os dilatadores devem ser prescritos para uso associado com lubrificantes, por um período de 5 a 10 minutos, 2 a 3 vezes por semana, por tempo indeterminado.
A íntegra desse consenso pode ser acessada no link: https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0221054