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RT2030


A radioterapia é uma modalidade terapêutica importante no cuidado das neoplasias tanto em condições malignas quanto benignas, em condições radicais e também paliativas. Estima-se que cerca de 60% dos pacientes oncológicos irão receber radioterapia em algum momento do curso do seu tratamento. Apesar da sua importância e efetividade o acesso a esse tratamento não é uma realidade para cerca de metade dos pacientes com câncer no Brasil. O último censo disponível mostra que somente 50% das máquinas necessárias para tratamento estão disponíveis, a maioria delas com mais de 10 anos de funcionamento e distribuídas de forma desigual pelo País.

Muito dessa dificuldade está na complexidade inerente da infraestrutura necessária, seja ela física, técnica, de segurança, regulatória, de recursos humanos e mais ainda de sustentabilidade do custeio. Essa complexidade permeia tanto a saúde pública quanto a suplementar.

O governo federal implementou dois programas de re-equipamento, o Projeto Expande nos anos 2000 e o Plano de Expansão de Radioterapia em 2012. Ambos com fomento e suporte a instalação de aceleradores lineares, de resultados frustrantes quanto a solução do problema lastrados na complexidade técnica. O Plano de Expansão com investimentos de mais de 400 milhões de reais demorou mais de 6 anos para ter 10% das novas máquinas operacionais e nesse tempo uma quantidade ainda maior de máquinas já instaladas se tornou obsoleta. Conclui-se, portanto, que mesmo com investimento substancial de dinheiro, a complexidade inerente a radioterapia promove um desafio de planejamento cujo foco não deveria ser simplesmente a instalação de novas máquinas, mas uma organização de estrutura sustentável para o crescimento e manutenção orgânica da radioterapia.

A União Internacional para o Controle do Câncer UICC desenvolveu um estudo que mostra que o capital investido em radioterapia traz retorno na proporção de quase 3x em 10 anos. Mostra também que o planejamento deve ser de longo prazo, considerando aspectos de transição demográfica e epidemiológica. Com esse entendimento, a Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT) está organizando um Projeto denominado RT2030 para estudar a realidade atual da radioterapia nacional e as intervenções necessárias para atingir a integralidade de acesso para a população em um período de até o ano de 2030.

Instituições Participantes:

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