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SBRT participa do 1° Seminário de Câncer de Cabeça e Pescoço

 O Dr. Felipe Quintino Kuhnen apresentou as principais dificuldades para o tratamento radioterápico dos pacientes no Brasil

Na última quinta-feira, 11 de julho, ocorreu na Câmara Federal em Brasília o 1° Seminário de Câncer de Cabeça e Pescoço. O evento foi um pedido da Deputada Federal Carmen Zanotto, acatado pela Comissão da Seguridade Social e Família.

O Dr. Felipe Quintino Kuhnen, da Sociedade Brasileira de Radioterapia, participou do seminário para discutir “Políticas Públicas para o Câncer de Cabeça e Pescoço”. Durante o evento, foi entregue um documento elaborado pelo grupo de trabalho de câncer em cabeça e pescoço composto por 19 especialidades médicas e não Médicas para atualização das Diretrizes Diagnósticas e Terapêuticas do Câncer de Cabeça e Pescoço, contidas na Portaria 516 de 17 de junho de 2015.

“Este documento trata de toda a assistência ao paciente, englobando especialidades como enfermagem e radioterapia”, diz o profissional. “Ele prevê a utilização da radioterapia nos pacientes com câncer de cabeça e pescoço, e que eles devem ser preferencialmente tratados com IMRT”, completa.

Além da entrega do documento, o Seminário foi uma oportunidade para discutir os principais desafios para o tratamento do câncer de cabeça e pescoço hoje. No que diz respeito à radioterapia, o Dr. Kuhnen expôs principalmente as dificuldades técnicas de acesso ao tratamento radioterápico.

Segundo o médico, além da falta de equipamentos para a realização dos procedimentos, dois terços dos aparelhos disponíveis no Brasil já têm mais de 10 anos e, portanto, estão defasados. O profissional destacou, então, a necessidade da incorporação de novas tecnologias e discutiu possibilidades financeiras para que isso ocorra.

O câncer de cabeça e pescoço no Brasil

O seminário ocorre após a aprovação do PL 8086/2017, que definiu a elaboração pelo Poder Público de campanhas no mês de julho de cada ano para disseminar informações sobre os riscos, danos, formas de prevenção, causas de desenvolvimento e outros temas relacionados aos cânceres de cabeça e pescoço.

Segundo estimativas feitas pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), os tumores nessas regiões são mais frequentes em homens na faixa etária dos 60 anos de idade. Porém, nos últimos anos, houve um aumento considerável de jovens apresentando uma das condições. Muitos dos diagnósticos atuais, inclusive, são de pacientes mais jovens e HPV positivos.

Infelizmente, o diagnóstico de câncer e cabeça é tardio na maioria dos casos: de cada quatro diagnósticos, três são em estágio avançado. As chances de cura, portanto, são menores e as possibilidades de mutilação aumentam.

Apesar da alta incidência, tais cânceres ainda são pouco falados e sofrem com o estigma da sociedade, principalmente quando o paciente sofre mutilação em decorrência da doença. Assim, o 1° Seminário de Câncer de Cabeça e Pescoço faz parte de um movimento que pretende chamar atenção às condições e conscientizar tanto da população, quanto do Poder Público envolvido em sua prevenção e tratamento.

ECR

RT 2030