Científicas Notícias

PSA Pré RT

Foi publicado recentemente, na Revista Vermelha, um estudo que analisou o valor do PSA pós neoadjuvância com bloqueio hormonal e antes do início da radioterapia, em pacientes com neoplasia de próstata localizada e correlacionou com os resultados clínicos a longo prazo.

Pacientes com essa patologia podem ser tratados com hormonioterapia, por dois meses, antes do início e durante a radioterapia. Alguns estudos retrospectivos mostraram que um valor baixo de PSA nesse contexto, antes do início da radioterapia, está relacionado com melhor sobrevida livre de progressão bioquímica, sobrevida causa específica e sobrevida global.

Nessa publicação foram levantados os dados de pacientes em 4 estudos (NRG Oncology/RTOG 9202, 9408, 9413 e 9919), nos quais foram selecionados pacientes com esse perfil. Foi coletado o valor do PSA pós-HT pré-RT (dicotomizado entre ≤0.1ng/mL ou > 0.1 ng/mL) e os desfechos clínicos, como falha bioquímica (FB), falha local determinada por exame clínico (FL), metástase a distância (MD) e sobrevida causa específica (SCE), todos calculados a partir do início da radioterapia. Um total de 2404 pacientes foram analisados, o intervalo médio entre o início do bloqueio hormonal e o da radioterapia foi de 56 dias. O valor médio de PSA pós-HT pré-RT foi de 1.15 ng/mL e a mediana foi 0.3ng/mL. Setecentos e sessenta e cinco pacientes (32%) alcançaram um PSA ≤0.1ng/mL e 1639 pacientes (68%) ficaram com PSA > 0.1 ng/mL.

Após o follow-up de 5 anos, a incidência de FB foi estatisticamente maior no grupo PSA > 0.1ng/mL (27% vs 12%), assim como FL (7% vs 2%). Com follow-up de 10 anos a incidência de FB foi 37% para o grupo PSA > 0.1ng/mL e 21% para o grupo PSA ≤0.1 ng/mL. Na análise univariada PSA ≤ 0.1ng/mL foi relacionado a um benefício em FB, FL, MD e SCE. Resultados semelhantes são encontrados de dicotomizar o PSA em outros pontos de cortes, 0.3ng/mL ou 1.0 ng/mL.

Como conclusão, os autores afirmam que o valor do PSA pós-HT pré-RT deve ser um biomarcador de resposta e desfecho clínico.”

Clique aqui para acessar o artigo

ECR

RT 2030