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Medscape publica segundo estudo sobre remuneração e satisfação dos médicos Brasileiros

Nessa edição, 1.599 médicos preencheram a pesquisa, de forma Anônima, entre fevereiro e abril desse ano. A maioria foi homem (64%) e as especialidades mais comuns foram cardiologia e ginecologia (7% cada) seguido de pediatras e psiquiatras (6% cada).

O resultado mostra que o tempo médio de trabalho é 48 horas semanais, a maior parte trabalha em hospitais (41%) e são funcionários (46%). Especialistas recebem em média R$230.000,00 ao ano contra R$175.000,00 dos generalistas, uma diferença de R$55.000,00, maior do que o estudo de 2017, quando era de R$17.000,00.

As mulheres seguem recebendo cerca de 30% a menos que os homens, entre especialistas essa diferença é em média R$61.000,00 maior do que entre os generalistas que é de R$41.000,00.

Em relação aos gastos, a maioria dos médicos (61%) vive de acordo com sua renda, e 29% vive abaixo dos recursos, ou seja, gasta menos do que ganha. As despesas com os filhos lideram a lista de gastos, seguida por despesas médicas e depois financiamento com casa e carro. A própria remuneração está satisfatória para 39% dos médicos, sendo maior entre os especialistas (40%) do que entre os generalistas (35%). Em relação a 2017 esse percentual amentou.

Na divisão de tempo, as mulheres generalistas passam mais horas vendo pacientes (5% a mais) do que os homens generalistas, já entre os especialistas essa diferença desaparece. O tempo com burocracia ocupa mais de 10 horas semanais para 67% dos médicos, sendo que 43% gastam mais do que 15 horas semanais.

Apesar da insatisfação com a remuneração, 80% dos médicos se diz satisfeito ou muito satisfeito com o próprio desempenho no trabalho, sendo os homens, com mais de 45 anos e especialistas, os mais satisfeitos. O aspecto mais difícil do trabalho médico, apontado por 36% dos participantes da pesquisa, foi o de trabalhar demais. Em segundo lugar, ficaram as dificuldades de obter um reembolso justo ou negociar com as seguradoras de planos de saúde (21%). Já o aspecto mais gratificante, apontado por 25% dos entrevistados, foi o de ser bom no que faz (encontrando respostas e fazendo diagnóstico) seguido por ganhar bem e fazer um trabalho que gosta (23%).

Assim como em 2017, a vocação falou mais alto e 76% dos médicos afirmaram que escolheriam novamente a medicina como carreira e 69% desses, escolheriam a mesma especialidade.

A pesquisa completa está disponível no link do medscape:
https://portugues.medscape.com/slideshow/65000108

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